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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O supersuper-homem


Ontem lendo ao jornal Estadão daqui de São Paulo, li essa crônica do Marcelo Rubens Paiva e amei essa parte e queria reproduzir pra vocês!

"Vemos nascer o super-homem. Não aquele de Nietzsche, que se sente só e deve criar suas próprias regras e destino, já que Deus está morto.
Mas o que deve radicalmente aposentar as certezas ditas pelo comportamento passado e aprender com o feminino: a cozinhar, trocar fraldas, lavar a louça, cuidar de tarefas domésticas e, surpresa, obedecer. Algo inconcebível por nossos avôs.
O super-homem deve agora ser duro, mas sensível em equilíbrio, decidido e duvidoso, romântico, mas nem tanto, zelar pela segurança e dividir, respeitar e tolerar, entender as divergências e a inconstância.
Aceitar ganhar menos que a mulher, ser babá da casa eventualmente, e até tirar as botas da dona do lar, se ela chega cansada depois de uma esticada num pôquer com as amigas.
Afinal, ela agora tem salário, planos de saúde e aposentadoria, é suficientemente independente, para dizer good-bye, caso o seu super-homem não seja um supersuper-homem"

1 comentários:

Carolina Oliveira disse...

Marcelo Rubens Paiva arrasa! Adoro os textos dele